sábado, 27 de junho de 2009

Congela-me




Parecia que meus dedos estavam congelados.....que não havia mais sangue em minhas veias...o ar gelado era insuportável,mesmo que eu estava dormindo com 2 camisetas,blusa de frio,meias e mais 2 cobertores enormes me cobrindo,eu tinha a sensação que estava desprotegido na calada da noite.
Não demorou muito para ouvir o despertador "7:00" da manha,pude prolongar 10 minutos a mais na cama...só pensando na grande jornada que me esperava la fora.Me levantei cambaleando até o banheiro...dessa passagem avistei minha tia vendo jornal na TV trazendo noticias das cidades que estavão a 4 graus negativos ...e em florianopoles onde a neve relembrava algumas cidades Americana.
Na casa da minha tia onde estou ate a minha casa ficar pronta ...parece que estamos ao ar livre...o frio nos quartos e nos cómodos da casa são insuportáveis...nunca dormi de meia...e la isso fazia parte das minhas noites.
Depois do ritual da manha,peguei minha mochila e me despedir para ir ao trabalho.
Meu pulso doía por cauda da queda de temperatura ,a chuva lembrava - me a chegada do inverno,meu quarda- chuva era pequeno para aquela tempestade,andava tentando desviar dos carros que as presas jogavam uma "tsunami" de agua sobre as pessoas que passavam.
O céu estava escuro e de cima do viaduto pude ler " Cemitério Metropolitano"...era ali que a minha mãe estava...uma ideia ridicula me veio a cabeça "será que lá ela estava protegida do frio?"...olhei para baixo e ao invés de encontrar meus pés,vi os carros brigando com os ónibus passando debaixo do viaduto onde eu me encontrava...minhas mãos suou...coisa que me surpreendeu seriamente,pois o frio era tão forte que meu rosto doía de tão gelado.
Ainda bem que o viaduto acabava ali ,pois olhar para o cemitério ainda me machuca..porem ele me acompanhava ate eu chegar ao centro da cidade,ele é tão alto que a neblina do dia tampava o penúltimo e ultimo andar.
Após o trabalho vou a academia onde tenho o prazer de ver a minha irmã Elma,a mais velha é ela que me acompanha nos exercícios físicos...desde quando nos separamos devido a reforma da casa,a academia se tornou um centro de conversa,onde eu e ela falamos sobre tudo.
Dias e dias se passaram ...e eu me vi na minha casa onde eu morava ....mais será que ali era mesmo minha casa?...sim tenho certeza que era...minha mãe estava ali penteando seus cabelos de frente ao espelho do banheiro e falava com um sorriso no rosto " vamos...vamos Edgazinho...sim eu voltei..vocês não conseguem se virar sem mim..."
Não me surpreendi de aquilo ser um sonho....foi ali que percebi que eu estava com saudades...saudades do meu lar.